Por: Valéria Queiroz Menezes
Cajango é o
sobrevivente ao ataque dos jagunços que dizimaram sua família. O principal
objetivo dele era a posse da terra produtora de cacau. É levado pelo padrinho
Abílio para ser criado pelo irmão do seu pai o índio Inuri na selva do Camacã,
influenciado pelo tio, dedica-se à luta por vingança. Sob suas ordens forma-se
um grupo de homens que vivem espalhando o medo pela região. No decorrer da
trama, acontece a aparição de Hebe, que com a morte dos filhos, profetiza o fim
do bando. Cajango conhece Malva e se apaixona, a profecia de Hebe se
concretiza. Com a vinda dessa mulher para o grupo, seu tio a rejeita, porque
percebe que o programa de vingança está perdido, o desafia para uma luta e é
morto, iniciando a dissolução do grupo. Todos acabam sendo mortos, exceto
Cajango, Malva e João Caio, os dois primeiros fogem para serra onde não serão
encontrados, o terceiro é reconhecido e obrigado a revelar o paradeiro do
casal. Diante da imensidão da serra, os homens desistem de persegui-los. Ao
final, João Caio é libertado e Cajango e Malva vivem na serra isolados.
ADONIAS FILHO. Corpo vivo. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira,
1962.
Retrata a história de posses de terras da região do cacau. Onde a ganancia em busca do ouro (cacau) produzia guerra. Hoje após a vassoura de bruxa uma reflexão sobre fortunas construídas em cima de muito sangue.
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