A palavra conto quer dizer:
1. Narração falada ou escrita de um acontecimento.
2. Narração de uma história ou historieta imaginadas.
3. Fábula.
Os estudiosos da teoria do conto se dividem em duas correntes: A dos que aceitam definições e a dos que não aceitam. Mas mesmo os que as aceitam concordam que definir conto não é tarefa fácil. O escritor e contista Júlio Cortázar afirma que o conto é "um gênero de difícil definição, esquivo nos seus múltiplos e antagônicos aspectos".
No estudo “Teoria do conto”, Nádia Battella Gotlib, "cola" as impressões de diversos estudiosos do conto e chega à seguinte equação: O segredo do conto é promover o seqüestro do leitor, prendendo-o num efeito que lhe permite a visão em conjunto da obra, desde que todos os elementos do conto são incorporados tendo em vista a construção deste efeito (Poe). Neste seqüestro temporário existe uma força de tensão num sistema de relações entre elementos do conto, em que cada detalhe é significativo (Cortázar).
Características do conto:
1. A brevidade
Considerando que o conto é o gênero de menor tamanho, a questão da brevidade é fundamental na sua construção. Nas palavras de Anton Tcheckov "é preferível não dizer o suficiente do que dizer demais". Portanto, é importante limitar o número de personagens e episódios, eleger os detalhes primordiais e evitar explicações em demasia.
2. Intensidade
Outro aspecto fundamental, além da brevidade é a intensidade. Há duas metáforas criativas e precisas, criadas por Júlio Cortázar, que definem bem a questão:
O conto está para a fotografia como o romance está para o cinema.
No conto o autor vence o leitor por nocaute, enquanto no romance a luta é vencida por pontos.
Considerando que o conto é o gênero de menor tamanho, a questão da brevidade é fundamental na sua construção. Nas palavras de Anton Tcheckov "é preferível não dizer o suficiente do que dizer demais". Portanto, é importante limitar o número de personagens e episódios, eleger os detalhes primordiais e evitar explicações em demasia.
2. Intensidade
Outro aspecto fundamental, além da brevidade é a intensidade. Há duas metáforas criativas e precisas, criadas por Júlio Cortázar, que definem bem a questão:
O conto está para a fotografia como o romance está para o cinema.
No conto o autor vence o leitor por nocaute, enquanto no romance a luta é vencida por pontos.
3. Unidade de Efeito:
Uma narrativa só é suficientemente intensa a ponto de causar impacto no leitor se tiver unidade de efeito. Para alcançar esta unidade é preciso que o autor tenha em mente, durante a construção do conto, que efeito deseja causar no leitor. A concisão tem importância fundamental para se conseguir essa unidade.
4. Significação: Como na fotografia o conto necessita selecionar o significativo. Uma narrativa só se torna significativa quando transcende a história que conta abrindo-se para algo maior.
5. Tensão: A tensão é uma forma diferente de imprimir intensidade à narrativa. Em vez de os fatos se desenrolarem de forma abrupta, o autor vai desvendando aos poucos o que conta, usa a técnica do suspense, adia a resolução da ação e instiga a curiosidade do leitor.
6. Temática
Pode se dizer que a temática do conto é praticamente ilimitada. Quase tudo pode ser objeto para um conto. Mas em princípio a idéia de conto está ligada ao acontecimento. É preciso que algo aconteça, mesmo que o acontecimento seja o nada acontecer.
· Momento especial: É importante que exista algo especial na representação daquele recorte da vida que gera o conto, o flagrante de um determinado instante que de alguma forma interesse ao leitor. Seja pela novidade, pela surpresa, pelo inusitado, pelo cômico ou pelo trágico de uma situação.
· O conto de acontecimento: As formas originais e tradicionais de narrativa estão ligadas ao acontecimento, ao fato.
· O conto de atmosfera: As formas modernas de narrativa instituíram a investigação psicológica das personagens e não apenas acontecimentos pontuais.
· Combinação: Aliar os recursos tradicionais com aqueles que vão surgindo é uma boa forma de combinar tradição e modernidade. A narrativa ganha qualidade quando mistura os acontecimentos à investigação psicológica das personagens que os vivenciam ou presenciam.
7. Desfecho
Todo o enredo deve ser elaborado para o desfecho, cada palavra deve confluir para o desenlace. Só com o desfecho sempre à vista é possível conferir a um enredo o ar de conseqüência e causalidade. Deve causar a catarse no leitor.
Referências
BRANDÃO. Jackson de Souza. Teoria do conto. Disponível em: <http://www.jackbran.pro.br/redacao/teoria_do_conto.htm> Data de acesso: 19/09/2012
Gotlib, Nádia BattellaGotlib. Teoria do Conto, São Paulo, Ática, 1998
Silva, Deonísio. Os melhores contos de Ignácio de Loyola Brandão, Editora Global, 2001
COMO ELABORAR UM CONTO?
Podemos dizer que o conto é uma estrutura fixa que apresenta quatro partes essenciais :
1ª Situação inicial: onde se apresenta os personagens; se expõe o assunto, o lugar e os primeiros acontecimentos;
2ª Complicação: Onde se expõe o problema, que vai ser apresentado gradativamente;
3ª Clímax: momento de maior tensão, quando se chega ao máximo do suspense;
4ª Desfecho: resolução ou tentativa de resolução do conflito.
Devemos observar que...
• Tempo: Constitui o pano de fundo para o enredo . A época da história nem sempre coincide com o tempo real em que foi publicada ou escrita.
• Espaço: É o lugar onde se passa a ação de uma narrativa .O termo espaço só dá conta do lugar físico onde ocorrem os fatos da história.
• Ambiente: É o espaço carregado de características socioeconômicas, morais, psicológicas, em que vivem os personagens.
• Narrador: É o elemento estruturador da história, pode estar em terceira pessoa, que se divide em onisciente e onipresente . O primeiro sabe tudo da história e o segundo está presente em todos os lugares da narrativa. Outro tipo de narrador é o primeira pessoa, a qual participa diretamente do enredo como personagem.

Resumos de alguns contos de Machado de Assis.
Podemos dizer que o conto é uma estrutura fixa que apresenta quatro partes essenciais :
1ª Situação inicial: onde se apresenta os personagens; se expõe o assunto, o lugar e os primeiros acontecimentos;
2ª Complicação: Onde se expõe o problema, que vai ser apresentado gradativamente;
3ª Clímax: momento de maior tensão, quando se chega ao máximo do suspense;
4ª Desfecho: resolução ou tentativa de resolução do conflito.
Devemos observar que...
• Tempo: Constitui o pano de fundo para o enredo . A época da história nem sempre coincide com o tempo real em que foi publicada ou escrita.
• Espaço: É o lugar onde se passa a ação de uma narrativa .O termo espaço só dá conta do lugar físico onde ocorrem os fatos da história.
• Ambiente: É o espaço carregado de características socioeconômicas, morais, psicológicas, em que vivem os personagens.
• Narrador: É o elemento estruturador da história, pode estar em terceira pessoa, que se divide em onisciente e onipresente . O primeiro sabe tudo da história e o segundo está presente em todos os lugares da narrativa. Outro tipo de narrador é o primeira pessoa, a qual participa diretamente do enredo como personagem.

Resumos de alguns contos de Machado de Assis.
A Cartomante
A Causa Secreta
Fala de dois homens que, após um salvar a vida do outro e passar-se algum tempo, tornam-se sócios. Mas pouco a pouco um deles vai demonstrando tendências sádicas, torturando animais, fato que atordoa a esposa.Quando ela morre, Fortunato, o sádico, presencia o amigo beijar a testa da mulher e derreter-se em choro, saboreando o momento de dor do amigo que lhe traía.
A Igreja do Diabo
É uma nova idéia do diabo: fundar uma Igreja e organizar seu rebanho, tal qual Deus. Após comunicar Deus de seu futuro ato, vai à Terra e funda com muito sucesso uma Igreja que idolatra os defeitos humanos. Mas aos poucos os homens vão secretamente exercitando virtudes, Furioso, o Diabo vai falar com Deus, que lhe aponta que aquilo faz parte da eterna contradição humana. Anedota Pecuniária É uma pequena crítica a ganância. Nela um homem "vende" suas sobrinhas aos homens que as amam por causa de sua fascinação com o dinheiro.
A Sereníssima República
É uma crítica ao processo eleitoral, feito como um discurso de um cônego que afirma ter achado uma espécie de aranha que fala e criado uma sociedade delas, uma república chamada Sereníssima República. Ele escolhe como sistema de eleição um baseado no da República de Veneza, onde retirava-se bolas de um saco com o nome dos eleitos. Este sistema vai sendo fraudado pelas aranhas, corrigindo-se, adaptando-se e variando-se diversas vezes e de diversos modos, eternamente corrupto.
Capítulo dos Chapéus
O Espelho
Narra a história de Camilo, Vilela e Rita. Os dois primeiros eram melhores amigos; a segunda era esposa do segundo e amante do primeiro. Quando Camilo começa receber denúncias anônimas, diminui a freqüência das visitas ao amigo. Preocupada, Rita visita uma cartomante, fato que faz Camilo rir. Quando Vilela chama Camilo a sua casa ele vai preocupado, e passa antes na cartomante pensando que não tem nada a perder. Ela lhe assegura que nada vai dar errado e ele chega despreocupado a casa de Vilela, onde encontra Rita morta. Vilela então o mata.
A Causa Secreta
Fala de dois homens que, após um salvar a vida do outro e passar-se algum tempo, tornam-se sócios. Mas pouco a pouco um deles vai demonstrando tendências sádicas, torturando animais, fato que atordoa a esposa.Quando ela morre, Fortunato, o sádico, presencia o amigo beijar a testa da mulher e derreter-se em choro, saboreando o momento de dor do amigo que lhe traía.
A Igreja do Diabo
É uma nova idéia do diabo: fundar uma Igreja e organizar seu rebanho, tal qual Deus. Após comunicar Deus de seu futuro ato, vai à Terra e funda com muito sucesso uma Igreja que idolatra os defeitos humanos. Mas aos poucos os homens vão secretamente exercitando virtudes, Furioso, o Diabo vai falar com Deus, que lhe aponta que aquilo faz parte da eterna contradição humana. Anedota Pecuniária É uma pequena crítica a ganância. Nela um homem "vende" suas sobrinhas aos homens que as amam por causa de sua fascinação com o dinheiro.
A Sereníssima República
É uma crítica ao processo eleitoral, feito como um discurso de um cônego que afirma ter achado uma espécie de aranha que fala e criado uma sociedade delas, uma república chamada Sereníssima República. Ele escolhe como sistema de eleição um baseado no da República de Veneza, onde retirava-se bolas de um saco com o nome dos eleitos. Este sistema vai sendo fraudado pelas aranhas, corrigindo-se, adaptando-se e variando-se diversas vezes e de diversos modos, eternamente corrupto.
Capítulo dos Chapéus
É um conto onde aparece a frivolidade e ostentação da época de Machado. Mariana, após pedir ao marido que troque o seu simples chapéu, testemunha a sociedade (na famosa rua do Ouvidor) e acaba pedindo que ele permaneça com seu chapéu. D. Paula Conta sobre um casal que realiza uma separação temporária por ciúmes, com fundos, do marido. O caso é mediado pela tia da esposa, Dona Paula, que quando descobre quem é o outro, fica abalada. É o filho do homem com quem teve caso análogo, fato que deixa seus sentimentos bem abalados em relação ao caso..
O Espelho
Conta sobre um homem falando de sua opinião sobre a alma humana num grupo de amigos que realizam discussões metafísicas. Ele descreve uma situação de sua juventude onde, após ter sido engrandecido pelo recém-conquistado posto de alferes, encontra-se sozinho. Solitário, passa a ter medo até a que um dia veste-se com seu uniforme de alferes e encara o espelho, encontrando assim o outro lado de sua alma (sua opinião é que temos duas almas, uma externa que nos vigia e a nossa que vigia o exterior). Isso retira-o da solidão. Portanto, este conto envidencia o conflito entre a essência (a alma interior) e a aparência (alma exterior).
Teoria do Medalhão
É um pai aconselhando um filho no dia de seus 21 anos.Ele lhe diz que um futuro lhe espera, que pode ter várias carreiras diferentes, mas que devia ter uma de resguardo, preferencialmente a de medalhão. Para isto devia ter pouquíssimo conhecimento, originalidade, ironia, gosto ou qualquer idéia própria. E nisso disserta sobre a necessidade do filho de sempre manter-se neutro, usar e abusar de palavras sem sentido, conhecer pouco, ter vocabulário limitado, etc. Ao final, é uma bela ironia machadiana sobre como encontram-se os valores da sociedade de sua época
O Enfermeiro
Pai Contra Mãe
Missa do Galo
Referência
Disponível em: < http://www.resumosdelivros.com.br/m/machado-de-assis/contos/>
Data de acesso: 19/09/2012
É um pai aconselhando um filho no dia de seus 21 anos.Ele lhe diz que um futuro lhe espera, que pode ter várias carreiras diferentes, mas que devia ter uma de resguardo, preferencialmente a de medalhão. Para isto devia ter pouquíssimo conhecimento, originalidade, ironia, gosto ou qualquer idéia própria. E nisso disserta sobre a necessidade do filho de sempre manter-se neutro, usar e abusar de palavras sem sentido, conhecer pouco, ter vocabulário limitado, etc. Ao final, é uma bela ironia machadiana sobre como encontram-se os valores da sociedade de sua época
O Enfermeiro
Conta sobre um homem que, a beira da morte, conta um caso de seu passado. Ele foi em 1860 ser enfermeiro de um velho e mau coronel, que acaba esganando alguns dias antes de partir por não mais o suportar. Quando abre-se o testamento ele é declarado herdeiro universal e distribui lentamente o dinheiro em esmolas. Enquanto isto se passa, vai lentamente se convencendo de sua inocência, apoiado pela sociedade que odiava o velho e suas ações que considera redentoras.
Cândido Neves, caçador de escravos fujões. Não o é por opção, apenas o é porque não agüenta qualquer outro emprego. Casa e passa a adquirir dívidas, com clientela cada vez menor; quando engravida a mulher, as dívidas aumentam. Depois de despejados vão morar em um quarto emprestado e o menino nasce. Após ceder às pressões da tia da esposa, Candinho vai por a criança na Roda dos enjeitados. Mas no caminho captura uma escrava, recebendo uma gorda recompensa, mantendo assim a criança. Mas a escrava estava grávida, e provavelmente abortou com os castigos recebidos, ficando a vida do filho de Candinho em troca da de outra
Missa do Galo
Fala de uma singular conversa entre uma senhora de 30 anos e um jovem 17, que tinha que manter-se acordado para acordar o amigo para irem à missa do galo. Eles conversam, ele apieda-se dela (o marido traía e ela resignava-se), admira-a e distrai-se. Por fim o amigo lhe chama, já que já havia passado da meia-noite e ele nunca mais tem outra conversa profunda com ela.
Referência
Disponível em: < http://www.resumosdelivros.com.br/m/machado-de-assis/contos/>
Data de acesso: 19/09/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário